sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A arte da guerra Capitulo XII – O Ataque pelo Fogo

Sun Tzu disse:

Há cinco modos de atacar com fogo.

O primeiro é queimar o inimigo que se agrupa.

O segundo é queimar suas provisões e propriedades.

O terceiro, seus equipamentos.

O quarto, seus arsenais e munições.

O quinto, suas provisões de reabastecimento.

Atacar com fogo requer algumas medidas, materiais por atear fogo devem estar sempre à mão, há épocas mais favoráveis para lançar um ataque pelo fogo e dias adequados para atear fogo, a época favorável para lançar um ataque pelo fogo é quando o tempo está seco, os dias adequados para atear fogo são aqueles em que a lua está na posição das constelações da Cesta dos Ventos, da Muralha, da Asa ou do Estribo, pois, quando a lua está nessas posições, ventos fortes subirão.

Quando atacar pelo fogo, deverá conduzir o combate com condutas apropriadas, de acordo com as situações diferentes causadas pelos cinco tipos de ataque pelo fogo.

Quando o fogo atingir o acampamento do inimigo, você deverá coordenar sua acção com antecedência e do lado de fora, porém, quando o acampamento do inimigo está em chamas, e os seus soldados ainda permanecem tranquilos, então, você deverá esperar e não lançar o ataque.

Quando as chamas ganharem altura, se conseguir atravessar, você poderá atacar; se não puder atravessar, permaneça em sua posição.

Quando o fogo for ateado, estando você fora do acampamento do inimigo, você não deverá entrar nos seus limites, mas aguardar o momento certo, se você iniciar o fogo antes da linha do vento, nunca ataque contra o vento, é provável que o vento que soprou constantemente durante o dia, se acalme à noite.

Qualquer exército deve saber sobre as diversas situações com relação aos cinco tipos de ataque pelo fogo e tem que continuar esperando pelo momento oportuno, assim, um general que usa o fogo para apoiar o seu ataque terá a certeza da vitória; ele que usa a água para apoiar o seu ataque é forte. A água pode bloquear o avanço do inimigo, mas não pode privar das suas provisões.

Ganhar uma batalha, capturar o espólio, mas não consolidar tais realizações prediz perigo, porque é um desperdício de tempo e de esforço, um soberano iluminado estuda deliberadamente a situação e um bom general lida cuidadosamente com ela., se não é vantajoso, nunca envie suas tropas, se não lhe rende ganhos, nunca utilize seus homens, se não é uma situação perigosa, nunca lute uma batalha precipitada.

Um soberano não deve empreender uma guerra num ataque de ira, nem deve enviar suas tropas num momento de indignação, quando a situação lhe for favorável, entre em acção; quando for desfavorável, não aja.

Deve ser entendido que, um homem que está enfurecido voltará a ser feliz, e aquele que está indignado voltará a ser honrado, mas um Estado que pereceu nunca poderá ser reavivado, nem um homem que morreu poderá ser ressuscitado.

Então um soberano iluminado deve dirigir os assuntos de guerra com prudência e uma guerra com precaução. Este é o caminho que mantém o Estado em paz e em segurança, e o exército intacto.

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