terça-feira, 14 de julho de 2009

A arte da guerra – Capitulo III Estratégias

Sun Tzu disse: O princípio geral da guerra é: "manter o estado do inimigo intacto, dominar seu o exército e forçar à rendição é melhor do que esmagar". Máximo da excelência Dominar um batalhão, uma companhia ou uma esquadra de cinco homens é melhor do que destruí-los. Então, obtendo cem vitórias em cem batalhas não significa o máximo da excelência. Excelência mais alta está em obter-se uma vitória e subjugar o inimigo sem, no entanto, lutar. Assim, a melhor política para as operações militares é obter a vitória, atacando a estratégia do inimigo. A segunda melhor política é desintegrar as alianças do inimigo por meio da diplomacia; em seguida, atacar seus soldados, lançando um ataque ao inimigo; mas, a pior política é atacar violentamente cidades fortificadas e subjugar territórios. Deve-se sitiar cidades só como último recurso, porque levará aproximadamente três meses para construir escadas protegidas, preparar os veículos e reunir o equipamento e armamento necessários. Serão necessários, depois, outros três meses para preparar rampas de terra para alcançar as paredes da cidade. Se o comandante não puder controlar sua própria impaciência e der ordens a seus soldados para avançar contra o muro da cidade como formigas, o resultado será que 1/3 deles será sacrificado, enquanto que a cidade permanecerá intocada. De fato, aí está a calamidade em atacar cidades muradas. Um chefe que está bem instruído em operações militares faz com que o inimigo se renda sem lutar, captura as cidades do inimigo sem atacá-las violentamente, e destrói o Estado do inimigo sem operações militares demoradas. O prêmio maior de uma vitória é triunfar por meio de estratagemas, sem usar as tropas. Assim, a lei para usar as tropas é: Quando você tiver uma força dez vezes superior ao inimigo, cerque-o; Se sua força superar em cinco vezes, ataque-o; Quando você tiver duas vezes mais força que o inimigo, enfrente-o pelos dois lados; Se suas forças se equivalem, procure repartir as do inimigo; Se suas forças forem inferiores, seja hábil em tomar a defensiva; Se você for muito mais fraco do que o inimigo, deve saber a hora de empreender uma retirada. Se o mais fraco combater sem considerar esta razão de forças, ele será, seguramente, conquistado pelo mais forte. O comandante é o equilíbrio da carruagem do Estado. Se este equilíbrio estiver bem colocado, a carruagem, isto é, a nação será poderosa; se o equilíbrio estiver defeituoso, a nação, certamente, será fraca. O governante poderá trazer infortúnio para seu próprio exército de três modos: Primeiramente, se ele ordena um avanço e o seu exército não pode ir adiante, ou emite ordens de uma retirada, desconhecendo que o seu exército não pode se retirar; Em seguida, se ele interfere com a administração do exército, sem entender os negócios internos, pois isto, confundirá os oficiais e soldados; Em terceiro lugar, quando ele interfere com a direção do exército sem saber os princípios dos estratagemas militares, gerando dúvidas e desentendimentos entre oficiais e soldados. Tendo o governante confundido o seu exército e perdido a confiança de seus homens, as agressões dos estados vizinhos não demorarão. Aí está o significado da expressão: "Lançar a desordem e a confusão em suas próprias fileiras é oferecer um modo seguro para a vitória do inimigo". Existem cinco fatores que permitem que se preveja qual dos oponentes sairá vencedor: Aquele que sabe quando deve ou quando não deve lutar; Aquele que sabe como adotar a arte militar apropriada de acordo com a superioridade ou inferioridade de suas forças frente ao inimigo; Aquele que sabe como manter seus superiores e subordinados unidos de acordo com suas propostas; Aquele que está bem preparado e enfrenta um inimigo desprevenido; Aquele que é um general sábio e capaz, cujo soberano não interfere. Estes são os cinco fatores para se prever a vitória. Por isso se diz: Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo, lutará cem batalhas sem perigo de derrota; Para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais; Aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas.

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